sagrado feminino

Em busca do Sagrado Feminino

O resgate do Sagrado Feminino está aumentando cada vez mais. A busca pelos saberes ancestrais, a ressignificação dos ciclos femininos e reconexão com a natureza trazem um novo (e acolhedor) olhar para a condição de ser mulher.

Essa jornada é uma aventura para dentro de si mesma e também uma busca para novas descobertas sobre seus antepassados, sua história, sua verdade.

Sendo assim, existem guardiãs desses saberes sagrados, que guardam como tesouros toda essa sabedoria da ancestralidade. Elas são terapeutas, curandeiras, jardineiras, cozinheiras, artesãs, pesquisadoras, mães e avós.

A filosofia do sagrado feminino reforça a irmandade entre as mulheres, que, juntas, assumem um enorme poder. Além disso, é importante estar sempre atenta para a natureza e a espiritualidade, afinal, tudo está conectado, e quem resgata esse feminino, sabe disso.

O que é o Sagrado Feminino?

É sua essência feminina em seu estado mais puro e natural. A sabedoria que brota do útero, da sua conexão com seus ciclos naturais e os ciclos da lua. É a sabedoria medicinal da plantas. O sagrado feminino é amorosidade, sonoridade, colaboratividade, respeito à Terra Mãe, ao seus ciclos e principalmente ao seu corpo.

Em busca do Sagrado Feminino

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fonte: a naturalíssima

 

Esse termo carrega uma aura mística, mas seu significado apenas carrega a potência de ser mulher, sem crenças limitantes, sem paradigmas, apenas no sentido mais puro da palavra.

O sagrado feminino também não vai contra o masculino, pelo contrário, a mulher que verdadeiramente se conhece, sabe que para existir equilíbrio, ela precisa possuir esse lado masculino também.

A busca pelo Sagrado Feminino é como uma volta para casa.

E esse caminho é bem mais fácil do que pensamos, porque você descobre que ele é simples. E tudo o que você precisa está bem diante (e dentro) de você, à sua volta.

A história do Feminino

a história feminina - Em busca do Sagrado Feminino

Para entender quanto a sacralidade feminina foi castrada pelo patriarcado, é preciso reconhecer que, de geração em geração, o formato social em que vivemos nos proporcionou várias conquistas, como a liberdade profissional e sexual.

No entanto, para isso, foi necessária uma certa dose de masculinização. Não no sentido literal da palavra. Mas no sentido de que precisamos adquirir habilidades que não nos são naturais – como o excesso de racionalidade ou a crença de que toda mulher precisa competir com outra mulher.

Assim, com o tempo, fomos nos afastando de nossa vocação para a irmandade. Também nos afastamos de nossa intuição, e o pior, deixamos de prestar atenção para nosso próprio corpo.

Nós não nos conhecemos mais!

Nos afastamos da autonomia de sermos curandeiras de nós mesmas, usando a natureza como ferramenta.

Com a tecnologia, o avanço da medicina e da indústria, vieram os anticoncepcionais, cheios de hormônios, que, além de prejudicar a saúde, nos impedem de acompanhar nosso ciclo naturalmente.

Você sabia que pode conectar seu ciclo com as fases da lua?

A menstruação

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Você já ouviu de alguma amiga que ela desejaria ser homem para não ter que menstruar?

O sangue mentrual é visto como sujo, impuro e a TPM é a vilã inimiga de toda mulher.

As mudanças físicas, emocionais e comportamentais nessa fase ganham interpretações negativas e pejorativas.

Mas de onde veio essa ideia de que menstruar não é legal?

O fluxo menstrual é visto de fato como nojento, e uma das causas prováveis disso é o fato de passar pela vagina. A vagina e a vulva são vistas como sujas, e muitos mercados de higiene e produtos íntimos criam as nossas inseguranças para lucrarem com elas, inclusive.

Então, nós temos a situação em que a maioria das mulheres sangra, e sangrar pela vagina não combina com a feminilidade fabricada a qual somos submetidas. A feminilidade é perfumada, depilada, adornada e sem sangue e secreções. Ou seja, não existe em corpos femininos em seus estados naturais.

A história da menstruação

Para os povos antigos, a menstruação era muito poderosa para manter a terra fértil e garantir boas safras, como está registrado nos papiros de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos.

Na Grécia Antiga de 6.000 a.C, o sangue da menstruação era parte central de grandes festas chamadas Tesmofórias.

Mulheres se isolavam de homens durante nove dias em um ritual de purificação, comendo alho para repelir os indivíduos do gênero oposto.

Quando menstruavam, elas ofertavam o sangue para fertilizar a terra.

Era uma espécie de troca entre duas procriadoras: a mulher e a Mãe Terra. Esta relação entre o sangue menstrual e a fertilidade é um dos resgates do sagrado feminino.

Por volta de 200 a.C, no entanto, houve uma mudança de paradigmas.

Não se sabe bem o porquê, mas a mulher menstruada da Grécia Antiga começou a ser considerada possuída por um espírito maligno.

Na época, acreditava-se que, se trocasse olhares com o reflexo de uma mulher menstruada, você poderia ser enfeitiçado.

Começou uma crença, originada na falta de conhecimento de que a mulher que sangrava por vários dias e não morria, só podia estar possuída ou enfeitiçada.

Com o tempo as sociedades patriarcais foram crescendo, e surgiu a imposição de controle, onde o filho precisa nascer do seu “provedor”. Esse excesso de controle sobre o corpo da mulher gerou um novo significado à menstruação, como algo a ser controlado junto com a sexualidade da mulher.

Na Bíblia, a mulher é impura por ter consumido o fruto proibido no Jardim do Éden.

Durante a “Era das Trevas”, o catolicismo influenciou fortemente a forma que a população olhava para a menstruação. Já houve um tempo em que a mulher era queimada na fogueira apenas por estar menstruada.

A higiene na mestruação

menstruação 277x300 - Em busca do Sagrado Feminino

Mulheres de cada época tiveram seus próprios meios para lidar com o sangue menstrual.

No Egito Antigo, elas usavam papiros como absorventes.

Na Roma Antiga, chumaços de algodão serviam como tampões internos.

As toalhinhas higiênicas foram a opção favorita desde a Idade Média até 1918.

Demorou centenas de anos para descobrirem uma forma eficiente de conviver com o sangramento, quando enfermeiras francesas da Primeira Guerra Mundial descobriram que bandagens de algodão eram ótimas para estancá-lo.

Foi assim que a marca norte-americana Kotex criou o primeiro absorvente interno descartável, em 1930.

Em 1960, o movimento da contracultura leva mulheres feministas a se reconectarem com a natureza dos seus corpos. Esse grupo trouxe, entre outras coisas, a revisão da menstruação, do controle da sexualidade e do direito do prazer da mulher. Os absorventes passaram a ser vendidos abertamente.

Acontece que esse avanço também trouxe algumas desvantagens, porque os absorventes podem prejudicar a saúde da mulher.

O olhar para os ciclos de acordo com o Sagrado Feminino

os ciclos e o sagrado feminino - Em busca do Sagrado Feminino

Reconhecer e ressignificar nossa natureza cíclica- essa é a essência da sabedoria ancestral do sagrado feminino. E é o primeiro passo para ter uma nova relação com você mesma.

Nós temos quatro fases no ciclo menstrual, que duram uma média de uma semana cada uma. Além disso, essas fases seguem o mesmo movimento cíclico das fases da lua, do sol, das estações do ano.

Quando você abraça esse conhecimento, sai do lugar de vítima, de coitada refém da TPM, e aprende a ouvir os sinais de cada uma dessas fases.

Lua Nova interna – O primeiro ciclo, que é a menstruação, é considerado como a lua nova interna.

Na menstruação, é tempo de renascimento, de deixar para trás aquilo que te limita. É tempo de olhar para dentro, silenciar, se reconectar com sua essência.

Você morre para um ciclo que acabou e renasce para outro, para realizar mudanças.

É momento de introspecção e de ouvir sua intuição. É tempo de entrar na caverna.

Nesse período, você precisa tirar um tempo só para você. Esse também é um momento de limpeza física (do teu útero) e energética.

Lua crescente interna – Final da menstruação até o começo da ovulação

Do fim da menstruação até a ovulação, é o melhor momento para aprender coisas novas.

É o momento em que suas características físicas, emocionais e comportamentais serão mais parecidas com a de uma menina. Sua energia física vai estar no ápice.

Você vai ter mais disposição para atividades físicas e também fica mais disposta emocionalmente.

Ótimo período para começar um projeto.

Lua Cheia interna – período da ovulação

Durante a ovulação, se expressar ficar mais fácil, a criatividade e clareza mental são elevadas.

Essa é uma fase instintiva, fértil, e com características maternas elevadas.

Assim, você se sente mais atraente e tem mais desejo por sexo. Esse é um período de “caça”.

Seu corpo e sua alma estão expandindo.

Lua minguante interna – Antes da menstruação

No período que antecede a menstruação, ou seja, na TPM, é hora de concluir projetos e observar quais questões internas e externas podem estar impedindo você de fazer o que precisa.

Você deve se perguntar: ” O que levar e o que não levar para o próximo ciclo?”

Essa é a fase da anciã., ou seja, você pode se dedicar aos saberes sagrados e passar seus conhecimentos ou pode ficar mega rabugenta.

Tudo o que você vive, faz, ciclo após ciclo, define quem vai ser a sua anciã.

Cultive o hábito de se ouvir e prestar atenção ao seu corpo. Só assim você será capaz de interpretar os sinais que ele te dá.

Quando você não presta atenção aos seus ciclos, podem surgir desequilíbrios físicos e emocionais.

Por isso é tão importante trabalhar o autoconhecimento.

Mandala Lunar

mandala lunar 300x300 - Em busca do Sagrado Feminino

A Mandala Lunar é um diário com o propósito de facilitar uma maior conexão com nosso corpo e também com a terra e os ciclos naturais, resgatando e unindo conhecimentos tradicionais e contemporâneos, arte e autoconhecimento em uma ferramenta curadora e transformadora para mulheres.

A Mandala se organiza a partir da união do calendário solar e lunar trazendo maior conexão e percepção dos ciclos que se manifestam na natureza dentro e fora de nós.

A mandala é um círculo com várias divisões que acompanham os ciclos da lua.

Ela também funciona para anotarmos os dias de nossa menstruação e monitorar os sentimentos que nos acompanham.

A cada dia do mês, você marca na mandala as cores correspondentes aos seus sentimentos e faz isso ao longo de todo ano. Essa forma de marcar as sensações é bacana para ver o que funciona cada ciclo pra você.

Resgate dos rituais

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Se você começar a enxergar seu sangue como puro, como parte sagrada de quem você é, faz algum sentido jogá-lo fora ralo abaixo todo mês?

Existe um movimento chamado Plantar a Lua.

Esse é um ritual transformador! Porque você usa o sangue da sua menstruação para regar seu jardim, ou vaso.

Ao fazer esse ritual de plantar a lua no momento da menstruação, você fortalece a relação com teu corpo, trabalha a auto-aceitação e ainda reverencia a Mãe-Natureza.

Sendo assim, até mesmo mulheres sem útero ou que não menstruam mais podem honrar-se da prática, uma vez que continuam com o útero etérico (energético), no seu corpo sutil.

Nesse caso, a sabedoria ancestral indica fazer a cada nova lua o ritual com vinho tinto, como um ato simbólico.

Plantar a lua nos dias de hoje, vai muito além de regar as plantas com um poderoso adubo.

É um manifesto de aceitação e orgulho por ser mulher.

O Sagrado Feminino para a mulher atual

Deusas, bruxas, feiticeiras, curandeiras, mulheres…

A referência do sagrado feminino é a conexão à “Grande Mãe”, a energia feminina que nutre, aconchega, instrui.

Esse é o arquétipo da energia feminina, que pode ser representada por deusas de diferentes tradições (xamânicas, celtas, indígenas, afro, budistas…).

A espiritualidade feminina não é uma religião organizada, é um caminho livre de dogmas e proibições.

Através dessa espiritualidade e conexão com sua essência, além da integração com os ciclos da natureza, você se torna muito mais intuitiva, com uma percepção mais aguçada e uma elevada capacidade para devoção e amor (autoamor e amor ao próximo).

E no fim, todas nós somos sagradas. Coletivamente, cada uma no seu tempo,  estamos despertando!

Quer saber mais sobre o Sagrado Feminino e os ciclos da lua? Vai aí uma super dica de livro!

 

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