a importância da digestão para seu corpo

A importância da digestão para sua saúde

Você não é o que você come. Você é o que você consegue digerir. Essa frase é a representação perfeita da importância da digestão para sua saúde.

A digestão é um processo essencial para a nutrição do seu corpo, afinal nenhum ser humano consegue viver sem se alimentar (e de nada adiantaria comer, se a digestão não transformasse o alimento em nutrientes).

Além disso ela é fundamental para separar o real nutriente, do que pode se tornar tóxico dentro do seu organismo.

Essas toxinas mal digeridas podem acabar virando o início de diversos processos inflamatórios – que dão origem às doenças.

Outro fator muito importante é o papel do sistema digestivo para a imunidade. Você sabia dessa relação entre sua imunidade e seu sistema digestório?

Além de cumprir com a função de processamento, seleção e absorção de nutrientes, o sistema digestivo deve evitar que agentes ou substâncias estranhas consigam entrar no seu organismo.

O ambiente do aparelho digestivo é geralmente hostil para a maioria dos agentes infecciosos. Mas isso só acontece quando você está saudável e com tudo equilibrado, desde seu PH até suas enzimas.

A importância da digestão para sua saúde

digestão 2 300x200 - A importância da digestão para sua saúde

Primeiro vamos entender essa relação entre sua imunidade e seu sistema digestivo?

Existem alguns mecanismos que fazem essa conexão entre os dois sistemas:

Barreiras físicas

  • Boca
  • Tubo digestivo
  • Muco

 Condições físico-químicas

  • PH da saliva, estômago, duodeno…
  • Bílis e suco gástrico
  • Enzimas diversas

Condições mecânicas e orgânicas

  • Peristaltismo
  • Condições intestinais

Ficou difícil entender tudo isso? Calma que eu explico!

Esses mecanismos são ações do nosso sistema nervoso autônomo, ou seja, elas acontecem sem nem a gente perceber e saber que existem. Sendo assim, é um mecanismo mega inteligente e tecnológico que trabalha o tempo todo para te proteger.

Umas das primeiras barreiras físicas do corpo contra a imunidade é a boca. Porque quando você está com sua boca saudável, ela já impede diversos microorganismos de entrar dentro do seu corpo.

Se algum agente patógeno entra na sua boca, você ainda tem a saliva, e as mucosas para impedir a entrada dele. Por isso a boca é a primeira barreira de proteção do seu sistema imune.

O tubo digestivo (faringe, esôfago) também são importantes, tanto para a digestão, quanto para a imunidade, porque através dos seus movimentos peristálticos, eles impedem que a comida ou qualquer microorganismo estranho fiquem “grudados” nas paredes desse tubo.

No estôgamo, o suco gástrico e o seu PH ácido matam qualquer possível microorganismo vilão, que ainda tenha conseguido chegar até lá. Isso se seu organismo estiver saudável, claro.

E por último, mas não menos importante (aliás, nesse caso, o mais importante!), vamos ao intestino!

Porque ele é o órgão mais responsável pela sua imunidade, você sabia?

A maioria das células (que eu chamo de soldadinhos do sistema imune) ficam no intestino. Além disso, é lá que – se tudo estiver em ordem – os resíduos alimentares não aproveitados pelo organismo são eliminados.

Já, se esse intestino estiver doente, inflamado, desequilibrado, ele pode estar permeável. Isso quer dizer que as barreiras de suas mucosas não estão íntegras. Sendo assim, esse resíduos, ao invés de serem eliminados, entram de volta no organismo, mas dessa vez, como toxina (agressores).

O seu sistema imunológico vai combater essas substâncias estranhas e tóxicas causando inflamações. E essas inflamações frequentes são a origem de todos os desequilíbrios físicos e doenças.

Viu como está tudo ligado?

Porque você precisa ter uma boa digestão para o alimento se decompor o suficiente a ponto de ser bem absorvido pelo corpo (em questão de nutrientes) e eliminado pelo intestino (em questão de resíduos).

Se sua digestão anda ruim, então talvez seu corpo não esteja sendo bem nutrido. E o pior, talvez não esteja eliminando o que precisa – e você está se inflamando o tempo todo sem perceber.

Como funciona o processo da sua digestão

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O aparelho digestório

O aparelho digestório humano é formado por um sistema de órgãos interligados formando um extenso ducto com aproximadamente 9 metros de comprimento linear, constituído pela boca, seguido pela faringe, estômago, intestino e ânus.

A digestão começa pelos sentidos

Quantas vezes você já se alimentou de forma impulsiva ou continuou comendo mesmo depois de estar satisfeita?

Além da necessidade fisiológica, nos alimentamos, muitas vezes, por estresse, ansiedade ou quando estamos tristes.

É importante saber reconhecer a fome e entender que o apetite também é influenciado por questões externas para se alimentar com prazer e nutrir o corpo.

A fome orgânica, por exemplo, é a necessidade do organismo de obter alimentos para se manter funcionando. Geralmente, o corpo dá sinais físicos de que precisa se alimentar.

Então, você precisa entender o processo do começo.

Sistema nervoso e hipotálamo

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A digestão começa antes mesmo de você colocar a comida na boca.

Isso acontece porque quando você olha para a comida com vontade, você ativa vários “sensores” no seu cérebro, avisando ele que precisa produzir as enzimas necessárias para o processo de digestão.

A regulação dos mecanismos de fome orgânica e da saciedade são geradas no Sistema Nervoso Central e envolve os hormônios. Esse tipo de fome é a manifestação da necessidade de reposição de nutrientes e é aquela que sentimos quando realmente precisamos de alimento.

Isso tudo é controlado pelo Hipotálamo, uma glândula que fica nesse sistema nervoso.

O ato de ingerir alimentos é causado por uma série  de estímulos (ou sinais). Entre eles está a diminuição, no organismo, da quantidade de nutrientes como glicose, aminoácidos, gordura ou mesmo a diminuição da temperatura interna (uma das coisas reguladas pelo hipotálamo).

A saciedade também é fundamental nesse processo.

entenda como funciona seu sistema digestivo - A importância da digestão para sua saúdeO tempo de permanência do alimento no estômago depende principalmente da sua composição e não simplesmente da quantidade. Quanto mais gordura for contida no alimento, maior o tempo necessário para o esvaziamento gástrico.

Quando o alimento passa do estômago para o intestino, um outro sinal de saciedade é produzido, dessa vez, químico: o intestino libera um hormônio (substância endócrina) para o sangue, chamado de colecistocinina, em resposta à presença de proteínas e de gorduras no alimento que chega intestino.

Como a gordura é a forma de estoque de energia, um dos indicadores é a sua própria quantidade no corpo. De fato, o tecido gorduroso (ou adiposo) produz um hormônio endócrino chamado leptina que indica a quantidade de gordura corporal. A leptina vai para a circulação sanguínea, chega ao cérebro e inibe a ingestão de alimentos. Isso significa que uma quantidade alta de leptina diminui a ingestão e uma quantidade baixa, aumenta.

Resumindo, a leptina é um hormônio que avisa ao cérebro que você está satisfeita.

Todos esses sinais de fome e saciedade são controlados pelo hipotálamo.

Os sentidos também são importantes para a digestão:

Visão

O estímulo visual aguça a fome.

É comum sentir vontade de comer após ver uma propaganda na televisão ou imagens de comidas saborosas.

Para evitar comer por impulsividade, você deve estar presente ao ato de comer, prestar atenção ao que se come, sem distrações como celular.

A visão é um dos sentidos mais importantes dentro da análise sensorial, pois é por meio dela que são obtidas as primeiras impressões dos alimentos quanto à cor, tamanho, formato, brilho, opacidade, consistência e outros atributos.

Olfato

Sentir o cheiro de comida caseira aumenta o apetite. E o olfato também contribui para sentirmos o sabor dos alimentos.

É comum ter fome logo depois de perceber um aroma agradável de uma receita. É o que acontece quando passamos, por exemplo, em frente a uma padaria e sentimos o cheiro do pão quentinho.

Vale destacar que a indústria coloca diferentes aromatizantes nos alimentos para estimular esse tipo de fome.

Paladar

Aprendemos a gostar dos sabores que os alimentos nos proporcionam.

A vontade de comer alguns alimentos também está dentro de um contexto cultural e regional.

Por isso, alguns alimentos são apreciados em algumas regiões e causam estranheza em outras. O paladar é o sentido que permite diferenciar os sabores por meio das papilas gustativas distribuídas em toda a cavidade oral.

Tato

O tato traz informações sobre textura, forma, peso, temperatura e consistência de um alimento e tais percepções influenciam o prazer de comer.

Por conta disso, é comum que as crianças gostem de sentir os alimentos com as mãos.

Boca

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Na boca, o alimento começa a ser quebrado em moléculas menores, para passar pelo tubo digestivo.

Os dentes fazem o trabalho mecânico – a mastigação. Por isso é tão importante ter dentes fortes e saudáveis. Além disso, evitar cáries é fundamental para sua imunidade (elas são portas de entradas para os microorganismos patógenos).

 

A saliva é o trabalho químico dentro da sua boca. A enzima amilase salivar (ptialina) “quebra” as grandes moléculas de amido (existentes nos carboidratos – pão, macarrão, etc.) em moléculas menores, de maltose. Da boca, o bolo alimentar desce pela faringe, pelo esôfago e chega ao estômago.

No interior da boca inicia-se o fracionamento das partículas alimentares através da mastigação, aumentando a superfície de contato do alimento com as enzimas (amilase salivar ou ptialina, quebrando amido em maltose e glicose), secretadas pela glândula salivar, formando uma massa (bolo alimentar) revolvida pela movimentação da língua, facilitando a deglutição.

Faringe e Esôfago

A importância da faringe, se deve ao fato dela encaminhar o bolo alimentar para o lugar certinho – o esôfago.

Isso ocorre com o fenômeno da deglutição, em que a epiglote fecha a laringe impedindo que alimentos cheguem à traquéia.

Em condições normais, o bolo alimentar desce pelo esôfago através de contrações peristálticas, empurrando o alimento por esse segmento do tubo digestório, desembocando na cavidade do estômago.

Entre o esôfago e o estômago existe uma válvula denominada cárdia, cuja musculatura (esfíncteres) interrompe o retorno do bolo.

Estômago

No estômago, as glândulas presentes na parede desse órgão, sintetizam e secretam enzimas digestivas (pepsina) que degradam as proteínas em peptídeos.

Diferente da amilase salivar, que atua em pH levemente ácido tendendo a neutro (6 a 7), a pepsina necessita de um meio muito ácido (2 a 3) para quebrar os polipeptídios.

Nesse local o bolo alimentar permanece durante um período de 2 a 4 horas, sendo transformado em uma massa ácida de textura pastosa e coloração esbranquiçada, conhecida por quimo.

É no estômago que ocorre parte da absorção da água e sais minerais.

O quimo formado no estômago é encaminhado para o intestino, órgão dividido em: intestino delgado e grosso.

O intestino delgado é subdividido em duodeno, jejuno e íleo.

No duodeno estão inseridos pequenos condutos por onde são transportados fluidos enzimáticos armazenados na vesícula biliar (bile) e no pâncreas (insulina, glucagon e suco pancreático).

Pâncreas

O pâncreas é uma importante glândula do corpo humano, responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas.

Por apresentar essa dupla função, essa estrutura pode ser considerada um órgão do sistema endócrino e digestório.

Por produzir enzimas e hormônios, o pâncreas é considerado um exemplo de glândula mista, ou seja, apresenta funções exócrinas e endócrinas.

Sua função exócrina relaciona-se com a produção do suco pancreático, um produto rico em bicarbonato e que apresenta pH entre 7,8 e 8,2. Nesse suco, são encontradas várias enzimas:

  • Tripsina e a Quimotripsina – que atuam em proteínas;
  • Amilase, que atua nos polissacarídeos e dissacarídeos;
  • Lipases, que quebram gorduras;
  • Nucleases, que agem sobre os ácidos nucleicos.

A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram impulsos nervosos que promovem o funcionamento do pâncreas.

Entre esses fatores, podemos citar o cheiro do alimento, o gosto e a chegada do bolo alimentar no estômago.

Além dos fatores nervosos, a produção do suco pancreático também ocorre graças à ação de dois hormônios: a secretina e a colecistoquinina. Esses hormônios são produzidos pela mucosa do duodeno quando estimulados pela chegada do alimento nessa região.

Já a função endócrina do pâncreas corresponde à sua capacidade de produzir insulina e glucagon– dois hormônios que garantem níveis adequados de açúcares no sangue.

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Saiba mais!

Fígado

O fígado apresenta várias funções essenciais para o funcionamento do organismo, como a eliminação de substâncias tóxicas e a produção da bile, um produto essencial para a digestão de gorduras.

O fígado é um órgão que apresenta importantes funções. Esse órgão é considerado uma região de conexão entre o sistema digestório e o sanguesendo onde os nutrientes absorvidos no trato digestório são processados e armazenados para, posteriormente, serem distribuídos para outros órgãos.

Os nutrientes vindos do intestino chegam ao fígado pela veia porta, com exceção dos lipídios complexos, que chegam pela artéria hepática.

No que diz respeito aos carboidratos, o fígado é responsável pelo armazenamento de grandes quantidades de glicogênio.

Esse armazenamento é importante para controlar os níveis de glicose no sangue, uma vez que o armazenamento, na forma de glicogênio, garante a retirada de glicose quando ela se encontra em excesso, e, em situações em que há uma queda nas suas taxas, o glicogênio armazenado é degradado e liberado, garantindo um aumento delas no sangue.

É no fígado que a bile é sintetizada, geralmente entre 600 mL/dia e 1000 mL/dia. A bile é uma substância composta por sais, os quais atuam como emulsificantes, fazendo com que grandes partículas de gordura sejam reduzidas a partículas menores, que serão atacadas pelas lipases presentes no suco pancreático.

Devido a esse motivo, mesmo que não apresente enzimas, a bile tem importante papel na digestão de gorduras. Além disso, os sais presentes nela ajudam na absorção dos produtos da digestão da gordura por meio da mucosa do intestino. Após a síntese no fígado, a bile é armazenada na vesícula biliar.

Intestino delgado

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A primeira porção do intestino delgado é conhecida como duodeno (por ter cerca de doze dedos de comprimento).

Nessa região a tripsina, uma enzima produzida pelo pâncreas, continua o processo de “quebra” das proteínas iniciado no estômago e a amilase pancreática continua o processo de digestão do amido.

No duodeno se processa ainda a digestão das gorduras, onde a bile (fabricada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar) é despejada e emulsifica a gordura.

Ela transforma as “gotas grandes” de gordura em “gotas menores” (como o detergente faz na louça engordurada), aumentando a superfície de contato da lípase, uma enzima produzida pelo pâncreas, com as moléculas de gordura. Assim, os lipídeos ou gorduras são transformados em componentes mais simples, os ácidos graxos e o glicerol, os quais podem passar pelas paredes dos intestinos.

A região seguinte do intestino delgado pode ser subdividida em jejuno (por ser encontrado geralmente vazio) e íleo (palavra de origem grega que significa voltear – onde o intestino delgado faz circunvoluções no interior de nosso ventre).

Nessa região, as enzimas conhecidas como peptidases completam a transformação das proteínas em aminoácidos e a maltase (uma enzima produzida pela parede do intestino) transforma a maltose em duas moléculas de glicose.

Outros açúcares também são digeridos nessa região.

Na porção final (íleo) ocorre a absorção das moléculas dos alimentos que já foram quimicamente transformadas pelas enzimas e assim são capazes de passar pela parede do intestino e e ganhar o sangue, que distribuirá essas moléculas a todas as células do corpo.

Nessa região, grande parte da água existente no bolo alimentar também é absorvida. Os restos alimentares não digeridos chegam ao intestino grosso.

Intestino grosso

No intestino grosso acontece a última etapa do processo digestivo,  onde acontece a absorção da água e a formação da massa fecal.

A principal função do intestino grosso é absorver a água ingerida e aquela proveniente de secreções digestivas, como por exemplo a saliva que se junta ao alimento durante sua passagem pelo tubo digestório.

Além da absorção, o intestino grosso também é responsável pelo armazenamento e pela eliminação da massa fecal.

Após passar pelo intestino delgado, o material alimentar restante é lançado ao intestino grosso. Todo esse material está no estado líquido, e é empurrado pelo lado direito e transversal do cólon enquanto a água está sendo absorvida.

Nessa etapa, existe também a ação da flora bacteriana intestinal decompondo compostos alimentares que ainda não foram digeridos.

Então, ao chegar no lado esquerdo, o bolo fecal fica armazenado já numa consistência mais sólida e menos líquida. Conforme o acúmulo aumenta, ocorre dilatação do cólon. Este é um dos estímulos para que o intestino se contraia e comece o processo de expulsão do bolo fecal.

Mais a frente, na região do reto e do canal anal, os esfíncteres cuidam da extensão anal, para que a expulsão se conclua.

Flora Intestinal

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A flora bacteriana intestinal é um grupo de bactérias presente no intestino. Elas são fundamentais para o equilíbrio do PH do órgão e para o combate a infecções.

Também são elas que sintetizam vitaminas, como a K e do complexo B, além de melhorarem o processo de digestão com a produção de enzimas que degradam nutrientes complexos.

Divisão

O intestino grosso é dividido em 4 partes: o ceco, o cólon, o reto e o ânus.

Ceco

O ceco é a primeira parte do intestino grosso. Serve como ligação entre o intestino delgado e o cólon.

Entre o íleo (porção final do intestino delgado) e o ceco existe uma válvula,  que impede o refluxo do material que já foi conduzido para o intestino grosso.

É nele também que se localiza o apêndice cecal, onde ocorre atividades de células de defesa e onde se abrigam diversas bactérias que auxiliam na digestão.

Quando o apêndice passa por processo inflamatório, o indivíduo desenvolve a apendicite. Esse quadro inflamatório pode causar a necessidade de retirada cirúrgica do apêndice, o que por sua vez não acarreta prejuízos ao sistema digestório.

Cólon

O cólon é a parte mais extensa do intestino grosso e pode ser dividido em ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmóide. A diferença entre cada uma dessas partes é apenas a posição delas em relação ao abdômen.

  •  Ascendente: é a primeira parte do cólon e se encontra no lado direito do abdômen, por onde sobe verticalmente, quase até a altura do fígado.
  • Transverso: se encontra na parte mais acima e atravessa o abdômen horizontalmente.
  • Descendente: Desce verticalmente pela região esquerda do abdômen até a pelve, na região da bacia.
  • sigmóide: é a porção final do cólon, tem forma de “S” e está localizada no centro do abdômen, de onde se liga ao reto.

Reto

Tem cerca de 15 centímetros de comprimento e seu diâmetro varia de acordo com a parte em que se encontra.

Na sua parte mais dilatada, a ampola retal, armazena as fezes até que elas sejam eliminadas do organismo.

Ao final do reto, nos últimos 2 ou 3 centímetros, está o canal anal onde se encontram os esfíncteres, músculos responsáveis pela defecação.

Ânus

É a conexão do intestino grosso com o meio externo. Porque recebe a ação dos músculos que controlam a passagem das fezes, o esfíncter anal interno e o esfíncter anal externo.

As camadas

O intestino grosso apresenta quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular dupla e membrana serosa.

A  mucosa está mais no interior do órgão e possui glândulas que secretam lubrificantes que facilitam a passagem do bolo fecal.

A camada submucosa é formada de tecido conjuntivo e tem em sua extensão numerosos vasos sanguíneos e linfáticos.

Já a muscular dupla é formada por uma dupla camada de músculos.

A membrana serosa é a camada mais externa do intestino grosso e o recobre por completo.

Relação Intestino e Saúde

Há muito tempo, o intestino deixou de ser reconhecido apenas como um órgão de digestão e absorção, para assumir também um importante papel no sistema imunológico.

A microbiota intestinal é considerada um ecossistema essencialmente bacteriano, benéfico, que reside no intestino dos indivíduos, auxiliando na síntese de algumas vitaminas, digestão e absorção de nutrientes; além de promover o fortalecimento da barreira intestinal e a proteção contra patógenos (causadores de doenças), como bactérias, vírus e fungos.

Por outro lado, a quebra da integridade da barreira intestinal promove a entrada de moléculas potencialmente envolvidas no disparo de resposta inflamatória.

A alimentação saudável favorece o crescimento das bactérias benéficas, mantendo a qualidade da microbiota e a integridade da mucosa intestinal.

Em contrapartida, padrões alimentares com predomínio de alimentos processados e ultraprocessados, ou seja, dietas ricas em gordura, açúcares, aditivos químicos, álcool e pobre em fibras, contribuem para a disbiose (desequilíbrio qualitativo da microbiota intestinal).

Consequentemente para o desenvolvimento de alergias, doenças crônicas, autoimunes e um desequilíbrio geral do sistema imune.

Por isso, você deve sempre ficar esperta com sua alimentação, que deve ser sempre bem balanceada.

Disbiose

Quando há um desequilíbrio na microbiota intestinal com predominância das bactérias patogênicas, temos um quadro de disbiose intestinal, o que leva a produção de toxinas e aumento da permeabilidade intestinal, que resultam em alterações inflamatórias, imunológicas e hormonais.

O estilo de vida, quando inclui, alimentação inadequada, tabagismo, estresse, sedentarismo e uso de antibióticos, por exemplo, faz com que a microbiota nociva prevaleça sobre a saudável, predispondo a distúrbios gastrintestinais como diarreia, dor abdominal, flatulência e constipação, além
de infecções do trato urinário, piora da imunidade e doenças inflamatórias intestinais.

Prebióticos

São carboidratos fermentáveis (inulina, frutooligossacarídeos-FOS e galactooligossacarídeos-GOS), cuja função é mudar a atividade e a composição da microbiota intestinal com a perspectiva de promover a saúde do indivíduo.

A fermentação desses componentes alimentares no intestino grosso estimula ocrescimento das bactérias benéficas em detrimento daquelas potencialmente patogênicas. Estão naturalmente presentes em alimentos de origem vegetal, como: agave, batata yacon, alho, cebola, banana, tomate, cevada, centeio, soja, grão-debico, chicória, aspargos, alcachofra, inhame, biomassa e farinha de banana verde.

Fibras alimentares

Fibras alimentares (FA) podem ser polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas às plantas, que são resistentes à digestão e à absorção no intestino humano – também são essenciais para alimentar as bactérias do bem.

Probióticos

São microrganismos vivos que quando administrados em doses adequadas e ingeridos regularmente, conferem benefícios à saúde intestinal, uma vez que melhoram o equilíbrio da microbiota.
Têm ação na mucosa intestinal e sua microbiota, onde as bactérias benéficas ocupam os sítios de ligação
(receptores ou pontos de ligação) na mucosa, formando um tipo de barreira física às bactérias patogênicas.

Viu só como seu sistema digestivo é muito mais complexo do que você imaginava? Todo o equilíbrio, processos metabólicos e enzimáticos dependem dele!

Por isso, cuide do que entra pela sua boca, cuida da sua digestão!

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